Após repercussão sobre possível violação na nova política de privacidade do Whatsapp e recomendação conjunta da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal (MPF) e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o app de mensagens irá prorrogar o prazo de adesão à política por mais 90 (noventa dias).
Além da prorrogação, os órgãos também haviam recomendado que não houvesse restrições de acessos às funções do aplicativo para os usuários que não aceitassem a nova política, e que adotassem as orientações da ANPD, com o intuito de deixar as informações mais transparentes e facilitar os canais de acesso aos direitos dos usuários.
O WhatsApp publicou uma nota informando que irá colaborar com as medidas levantadas pelos órgãos, que não irá encerrar nenhuma conta e nenhum usuário terá seus acessos bloqueados pelos próximos 90 dias, a contar do dia 15 de maio.
Vale lembrar que o prazo para adesão da nova política de privacidade já foi prorrogada uma vez, sendo o seu prazo original no dia 08 de fevereiro, onde o app publicou que haveria compartilhamento de mensagens com as empresas do grupo Facebook. A repercussão foi tanta que o WhatsApp prorrogou o prazo de aceite para o dia 15 de maio para que fossem prestadas maiores informações sobre privacidade e segurança aos usuários.
Apesar da declaração do WhatsApp de que não possuem acesso à conversas pessoais, de texto ou ligações, e que não compartilha informações sobre seus contatos com o Facebook, e que nada disso irá mudar com a nova política, o impacto causado por essa polêmica foi tão grande que diversos usuários migraram para aplicativos de mensagens alternativos, como Telegram e Signal. O Telegram chegou a ultrapassar a marca de 500 milhões de usuários e a Signal enfrentou problemas de instabilidade pela quantidade de acessos.
Leia a nota do Whatsapp aqui.
Carlos Reis
Analista LGPD